segunda-feira, 28 de abril de 2008

“Da Janela, o Horizonte..."


Projetar, projetar e projetar... Todo santo dia estudamos e escutamos isso. Mas projetar o quê? Para quem? E como?!

A entrada na Universidade marca o início de uma nova fase, onde um passado linear, estático e previsível transforma-se rapidamente em um presente relativo e dinâmico, onde o novo é descoberto a cada passo que trilhamos no nosso caminho acadêmico.

Inovar o cardápio de idéias, conhecer pessoas novas, como também adquirir outro patamar de informação é um desafio que nos é apresentado dentro desse universo de grandes perspectivas. E como os geradores desse conhecimento produzido, devemos sempre atuar através do cumprimento das nossas responsabilidades individuais e coletivas a fim de retribuir à sociedade todo o investimento que esta nos oferece, cumprindo assim o nosso papel de estudantes e acima disso, cidadãos.

Mas e quanto a nós estudantes de Arquitetura e Urbanismo???!!!

Bem, todo Arquiteto Urbanista é um profissional multifuncional... Sua formação viaja por um leque de possibilidades. Estudam 5 a 6 anos da vida acadêmica a história da humanidade e seus desenvolvimentos, das suas técnicas e tecnologias, seus "gostos" e “desgostos”, de "forma x função", seus acertos e seus erros... E ainda: como urbanistas sabem da importância social que têm, do que precisa nossas cidades, sociedades e em seu grau menor o cidadão.

Mas o que vemos por aí? Talvez um modo de fazer arquitetura cada vez mais distante, onde não seria tão relevante a escolha da cidade a visitar, pois a paisagem sempre permanece a mesma em todas elas: reproduções cada dia mais órfãs, sem identidade ou qualquer meio de reflexo (fora suas superfícies frias e espelhadas é claro!) da sociedade a que lhe é destinada. Ou seja, vemos que os arquitetos tendem a exercitar mais a “estética” que a “ética” e assim abstêm-se do pensar no envolvimento social ao planejar seus projetos.

E assim em larga escala temos as nossas cidades, cenários de disparidades gritantes, onde o papel “organizador” do urbanista acaba por se tornar complexo diante do ciclo que se tornou nossa estrutura administrativa, política e econômica. Vemos e convivemos com pessoas que teoricamente “são iguais” e gozam dos “mesmos direitos” como somos acostumados a ouvir, mas ainda assim, observar nossas cidades é ter uma visão panorâmica de uma divisão social no mesmo território, e não precisamos sair de nossas casas para notarmos isso...

Como aspirantes a Arquitetos Urbanistas é de tamanha importância amolar nossa visão crítica ao que acontece no mundo que nos rodeia, deixando de lado o senso comum e buscando através dos nossos conhecimentos gerados aqui na Universidade as respostas e, quem sabe, as mudanças do que questionamos. Afinal estudamos, pesquisamos e “extensionamos” a favor de quem?!

Isso seria apenas um pequeno chamado à sua consciência...


>> Vanessa Lima, estudante do 4° ano de Arq&Urb da UFAL, integrante da gestão 2007/2008 “Construindo Espaços pra Abrigar a Esperança”.

Um comentário:

carlinha_carlota disse...

acho que nunca ninguém de arq da ufal visitou esse blog fora os próprios integrantes do DEAU (com excessões ainda!!)...

aff..